A CASA DA GERAÇÃO ALPHA

Fonte: Casa Vogue

A geração Alpha, formada pelas crianças nascidas entre 2010 e 2019, já chegou revolucionando hábitos, comportamentos e – porque não? – o jeito de morar das famílias?

Uma geração totalmente digital, que já nasce com necessidades e exigências que refletem essa mudança, e se torna cada vez mais influente dentro de casa. Estudos mostram que as crianças influenciam até 65% das decisões da família, e nos Estados Unidos este número sobe para 81%.

Ao mesmo passo que esse comportamento muda, a dinâmica do lar e o ambiente físico do “morar” devem se adaptar a essas novas exigências da conexão digital, tecnologias, algo mutável, integrado e, principalmente, interativo – deixando de lado aquele velho conceito de que a casa é um ambiente estável que permanece igual por longos anos e gerações.

Luiza Loyola, expert da WGSN – agência especializada na previsão de tendências – revela que chegou a era das “casas do futuro”. “O que é estranho para nós acostumarmos, como a realidade virtual, para eles é comum. E com esse poder de influência na compra dos pais, essas crianças são e serão responsáveis pela introdução de novas tecnologias para a casa, porque as consideram como amigas.”

Confira abaixo alguns dos itens essenciais para adaptar o lar atual para a Geração Alpha!

TECNOLOGIA POR TODOS OS LADOS

Robôs, inteligência artificial, realidade aumentada e por aí vai. Segundo Luiza, “a tecnologia é um caminho sem volta, não tem como fugir disso. Mas é algo que não vai ser tão drástico para essas crianças, elas não vão deixar de se interessar por fazeres manuais ou brincadeiras ao ar livre. Essas tecnologias fornecerão soluções domésticas que irão ajudar a todos.”

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LIBERDADE CRIATIVA

“A geração alpha nasceu com a ideia de bem-estar, do que pode ou não comer, o que é saudável, sustentável, etc. Por isso, é importante pensar em espaços para elas brincarem e praticarem a liberdade, se desenvolverem cognitivamente e terem consciência de si e do espaço no qual estão inseridas”, pontua Luiza. “Se possível, optar por casas em vizinhanças conectadas com a natureza ou até mesmo em apartamentos, aproveitar a onda do ‘urban jungle’, e estimular o vínculo da criança com a terra. “

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COZINHA COLETIVA

Assistindo a todos esses avanços das crianças da geração Alpha, fica fácil pensar que todo esse estímulo tecnológico pode afastá-las mais ainda das atividades manuais, do convívio em família, da natureza. Porém Luiza garante que não. “Uma coisa puxa a outra: naturalmente elas vão sentir falta de brincar no sol, de tocar na grama, de desligar um pouco.”

É aí que se une também a tendência do bem-estar, que juntamente à tecnologia, vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade como um todo, e não apenas entre as crianças. Colocar em prática a participação ativa dos pequenos na escolha dos cardápios semanais e no preparo dos alimentos, é uma forma de trazê-los de volta para o convívio humano, relembrando as raízes, o natural.

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AMBIENTES ACOLHEDORES

Certamente muitos de nós crescemos com nossos avós e pais nos mandando tomar cuidado para não nos machucarmos, ou mesmo para não quebrarmos nada dentro de casa. Para a Geração Alpha, isso não existirá mais. A ideia é projetar ambientes acolhedores e permissivos, onde a criança pode circular livremente, acabando totalmente com aquela imagem do “lar intocável”.

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CADA COISA NO SEU LUGAR

Está chegando o fim do famoso “quartinho da bagunça”. Segundo Luiza, “além de conversar com o que falamos anteriormente sobre sustentabilidade e consumo consciente, as casas serão mais minimalistas em termos de quantidade de coisas em um único espaço. Esse quartinho cheio de tranqueiras se torna mais um ambiente para a criança brincar, explorar e conviver.”

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